MONTE SANTO - Entre as dores de Maria e a Ressureição de Cristo
Imagem da Internet |
Um viajante religioso pelo sertão, a mando do Arcebispo da Bahia, em meados de século XIX, surpreso com a obra de Monte Santo escreve ao seu superior dando conta do grande significado tem as capelas construidas na serra.
No seu relato, diz o viajante:
"Vinte e duas são as Capelas, como já disse, que existem na montanha. As 7 primeiras, representam os painéis que fazem o seu ornato, assete dolorosíssimas espadas de dor que traspassarão o coração da mais carinhosa de todas as Mães - Maria Santíssima. As outras, até a última, representam os passos da Paixão e Morte do Salvador, representando-se a ultima Capela que é a maior - a cena terrível do Calvário".
Traz ainda um soneto de autoria de um católico(¹) que em visita à capela de Santa Cruz, em Monte Santo, improvisou.
SONETO
No cimo alto e longo da colina,
Que encurta a luz da tarde em Monte Santo (²),
Um imortal religioso com seu canto
De Jesus edificou a Cruz divina.
0' obra que nos mostra e nos ensina
De Maria a dor e do inferno o espanto,
Onde do Senhor o sangue e o pranto,
Fez para a gente ingrata a terra div’na
Lá existem da paixão Iodos os passos,
Lá está do redentor sepulcro idôneo,
Que do diabo quebrou os térreos laços.
Ali tendes, pecador, contra o demônio,
O remédio entre aqueles santos braços
Bem devido aos esforços de Apolônio(³).
___________________________________________________________________________________ ¹ Sr. Cândico Jesuino Topá
² Em razão de ser muito elevado o monte, inda muito cedo, já na Villa não se vê o sol à tarde.
³ Padre Frei Apolônio de Todi, Capuchinho Italiano
REFERÊNCIAS