sábado, 5 de maio de 2012

BANDIAÇU EM CONCEIÇÃO DO COITÉ TAMBÉM TEM HISTÓRIA VIVA


Festa religiosa em Bandiaçu - Foto: Joquinha Bandiaçu in
http://www.panoramio.com/photo/6100486
BANDIAÇU – CONCEIÇÃO DO COITÉ


Bandiaçu é um dos distritos de maior importância no município de Conceição do Coité. Distante 12 quilômetros da sede do município, situa-se às margens da Rodovia BA-409 que liga Conceição do Coité a Serrinha, cuja povoação formou-se às margens da antiga Estrada Real, muito antes da construção da citada rodovia.

As terras que compõem a sede do Distrito tem origem na fazenda Curralinho, que foi registrada em 15 de abril de 1858, por Antonio José Simões, alegando o declarante que as houve por herança dos seus pais e que as ditas terras ficavam em comum com as terras da fazenda Balagão. (APEB. Livro de Registros Eclesiásticos da Terras da Freguesia de N. S. Da Conceição do Coité, p 32).

No ano de 1920 foi recenseado na fazenda Balagão Gustavo Pedreira de Freitas; na fazenda Balagão de Dentro, Thethonio Ferreira Simões; e na fazenda Balagão de Fora, Possidônio José Simões.
No lugar chamado Lagoa da Bandarra, em terrenos da mesma fazenda Balagão, onde o herdeiro José Gregório Ferreira edificou a sua casa, denominou-a de Lagoa da Bandarrinha, que mais tarde ficou conhecida apenas como fazenda Bandarrinha, limitando-se com a antiga prorpiedade da qual foi desmembrada; com o Rio Tocós; com a fazenda Lagoa do Meio, onde estavam de posse João Theodoro Simões e Laurêncio Amaro Simões; com a fazenda Malhadinha, de Firmino José de Lima; e com a fazenda Lagoa Grande, pertencente a Maximiano Gonlçalves de Lima.

A povoação deu-se em terrenos de propriedade de José Gregório Ferreira, iniciando-se com as construções dos seus filhos e genros, atraindo outros moradores que conseguiram fazer um lugarejo bonito, organizado e, acima de tudo, acolhedor. O ínicio foi marcado por muitas dificuldades, uma vez que o poder público tinha pouca ou nenhuma participação na dotação da infraestrutura. Os moradores, trabalhando em sistema de mutirão, encarregavam-se de abrir caminhos e estradas, escavar tanques e cacimbas para diminuir o sofrimento nos períodos de estiagem, da mesma forma que se reuniam nas casas dos amigos, em chamados “adjutórios”, para preparar a terra, plantar, limpar e colher.

Esses adjutórios sempre terminavam com um evento movido a cantoria de chulas, sambas e cantigas de roda. Os mutirões, as rezas programadas para cada “dia santo” e as pouquíssimas festas que ocorriam nas redondezas eram os únicos meios de organização social do sertanejo da Bandarrinha. Depois veio a construção da capela, que ao lado da organização religiosa, implantava também um modelo de organização social. É a partir do desaparecimento de algumas dessas práticas que florece uma gama interminável de elementos culturais, cuja riqueza se cultua hoje nos grupos jovens, nas escolas, nas associações, etc.

Porém, um dia, alguém considerou que o povoado com a denominação de Bandarrinha não apresentava poder nem influência e resolveu alterar para BANDIAÇU. É verdade que o elemento de composição AÇU desígna algo muito grande, vasto, que condiz com a grandeza do lugar.

É MUITO BOM VISITAR BANDIAÇU! É LINDA DE VIVER!!