domingo, 21 de abril de 2019

SERRINHA NA HISTÓRIA

Foto extraída do site: www.serrinha.ba.gov.br
1808 - Referência a Bernardo da Silva. No dia 27 de julho foi sepultada na Capela de Santa Anna de Serrinha, Dona Rosa Maria de “idade de noventa e poucos anos”, viúva de Bernardo da Silva. A Capela era filial da Freguesia (ou Paróquia) de São João Batista da Água Fria.

Vale o registro. Só não dá para concluir de este Bernardo da Silva é fundador de Serrinha, ou algum filho ou neto do mesmo nome.

Corria o ano de 1839 e o Correio Mercantil de 04 de maio daquele ano publicava ato da Assembleia Provincial que concedia licença ao professor Antonio Martins Ferreira. No ano de 1855 Martins Ferreira estava lecionando em Maragogipinho.

Desde o ano de 1848, estava na cadeira de professor primário de Serrinha, o professor Manoel Cardoso Ribeiro, com ordenados de 600$000 (seiscentos mil réis), figura ainda muito lembrada na cidade, tanto pelos seus feitos, quanto pelos de seus descendentes que integrados à comunidade tornaram-se grandes atores dos eventos importantes de Serrinha.

Sobre Cardoso Ribeiro falou o Presidente da Província da Bahia, João Maurício Wanderley, em seu Relatório de 01 de março de 1854, às páginas 62.

sábado, 13 de abril de 2019

VEREDAS E ESTRADAS: 2

ROTEIRO DE JOSÉ PEDRO CESAR DE MENEZES
Do Pará à Bahia (ano de 1810)

Continuando o nosso papo acerca do roteiro dos viajantes que atravessaram a Bahia pelo que hoje se conhece como região ou Território do Sisal, encontramos o seguinte:

Já com a presença da Corte Portuguesa no Brasil, sob administração de D. João VI, Príncipe Regente, por interdição da Rainha D. Maria I, foi escolhido o Sr. José Pedro Cesar de Menezes para a missão de realizar uma viagem cartográfica (com o objetivo de traças mapas) da cidade do Maranhão à cidade do Rio de Janeiro.  

Setenta anos após a viagem de Quaresma, parte Menezes da cidade do Maranhão relatando todos os pontos que encontra pelo caminho até Oeiras, no Piauí, num percurso de 191 léguas, a partir de onde registra a existência de duas estradas: uma que vai por terra até o Rio de Janeiro seguindo por Xique-Xique, Brumado, Bom Jesus da Lapa, Barra do Rio das Velhas e Espírito Santo, mais 447 léguas, perfazendo um total de 638 léguas; a outra estrada que leva o viajante até a cidade da Bahia, numa extensão de mais 182 léguas; somando-se a distância do Maranhão a Oeiras que são 191 léguas, perfaz um total de 373 léguas até Santo Amaro, sobre a qual passaremos a descrever:

Pegando-se esse segundo caminho a partir de Oeiras (PI) chega-se ao Rio São Francisco e, atravessando-o, chega-se à:

Rio São Francisco a Caraíbas, 5 léguas e meia,

Caraíbas a Carnaíbas, 4 léguas

Carnaíbas ao Frade, 5 léguas

Frade a Encruzilhadas, 3 léguas

Encruzilhadas a Umburanas, 4

Umburanas a Jaguarari, 3

Jaguarari ao Itapicuru, 3

Itapicuru a Jacobina, 1

Jacobina ao Tamanduá, 4

Tamanduá ao Itapicuru-mirim, 5

Itapicuru-mirim ao Olho d’água, 3

Olho d’água ao Bebedor, 5

Bebedor a Santo Antonio das Queimadas, 2

Santo Antonio das Queimadas ao Rio do Peixe, 4

Rio do Peixe ao Umbuzeiro, 5

Umbuzeiro a Santa Rosa, 4

Santa Rosa ao Coité, 3

Coité a Boca da Caatinga, 2

Coité aos Patos, 5

Patos ao São Nicolau, 4

São Nicolau ao Gravatá, 5

Gravatá ao São José da Tapuroroca, 4

São José da Tapuroroca a Lá Fora, 3

Lá Fora a Nossa Senhora da Oliveira, 4

Nossa Senhora da Oliveira a Santo Amaro, 3

O autor informa que este caminho para a Bahia é o melhor e que, a partir de São José das Tapurorocas pode-se seguir para a Cachoeira e o embarque pode durar 48 horas; seguindo para Santo Amaro embarca-se em 24 horas. Ainda deixa registrada a opção de viajar por terra a partir do Coité pelas Matas de São João, em cuja viagem se gasta mais 28 dias.

Informamos aos leitores deste Blog que algumas dessas localidades citadas há 209 anos sofreram profundas modificações: fazendas evoluíram para arraiais, povoados para cidades, enquanto outras podem ter recebido novas denominações.

Semana que vem tem mais.